terça-feira, 2 de abril de 2013

Conclusões finais: Festival Brasileiro da Cerveja

Passados os quatro dias do festival, com um público total de quase 30.000 pessoas e mais de 70 estandes, entre cervejarias, importadoras e lanchonetes, deixo aqui minhas notas pessoais sobre o evento geral.

1° : Cervejeiros Caseiros
O que no ano passado foi a menina dos olhos do festival, em 2013 virou o carrasco, alvo de muitas criticas  abertas ao evento, a proibição dos estandes de cervejeiros de panela pelo MAPA deu muito o que falar. Mas, felizmente, ou não, notei uma organização maior em relação ao ano passado, além de um padrão de qualidade maior nas cervejas. Muitos visitantes ano passado, acabaram se deparando com cenas desagradáveis, de garrafas explodindo por erros no primming, ou até de brejas avinagradas devido alguma contaminação.

Estandes da Ambev, num dia movimentado
2° : I Concurso Brasileiro de Cervejas
O que era um projeto para anos posteriores, tornou-se realidade e surpresa para todos, o concurso reuniu apenas cervejas do território brasileiro, e uma bancada de jurados de peso nacional como Juliano Mendes, Sady Homrich e Pete Slosberg.

3° : Cervejas Mainstream
No mercado crescente que temos hoje, as cervejarias ainda precisam de uma cerveja de corpo leve e baixo amargor para dar rotatividade em sua linha mais 'Hardcore'. Porém, o parecer é de que muitas(muitas mesmo) cervejarias ainda investem na famosa Pilsen aguada, excelente para ser servida congelando. Os estandes que mais fizeram sucesso, como já postado em muitos blogs, foram os que fugiram da clássica 'loira gelada' (quase um cadáver) e investiram na diferenciação. Felizmente, encontrei estandes, ainda que poucos, que souberam servir uma Pilsen com deliciosos aroma e amargor de lúpulo. A real é, cervejaria 'artesanal' que só faz cerveja aguada, não vai pra frente.

4° : Inovações
As artesanais apostaram com força na criação de cervejas inéditas neste ano. Foram cervejas de gengibre, abóbora, sem lúpulo, maturadas em avelã e madeiras, tudo o que caberia imaginar, o resultado foi, que, no último dia do festival, quase todos estandes estavam sem garrafas e torneiras, com alguns até fechando mais cedo pela falta de mercadorias. Sucesso total perante um mercado ainda dominado pelas grandes indústrias.
Time blogueiro de peso (literalmente), da esquerda para a direita:
Bruno Couto, Nicholas Bittencourt,
Marcio Beck, Felipe Baptista , Fabian Ponzi 

5° : Público Geral
Com um aumento de 25% no número visitantes, e um público total de quase 30.000 pessoas, o festival de Blumenau provou que o movimento das cervejas feitas artesanalmente está ganhando força e veio para ficar. Enquanto estandes como Antárctica e Stella apresentavam-se vazios ao longo do evento, a ala artesanal mostrava um público imenso, sedento por sabores, aromas e variedades. O Brasil sofre hoje, o que os EUA passou 30 anos atrás, então é de se esperar que eventos assim como o de Blumenau comecem a aparecer ao longo do país, com públicos cada vez maiores.



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